Adubação verde
Sebastião Wilson Tivelli
Dr., PqC da UPD São Roque-APTA tivelli@apta.sp.gov.br Luis Felipe Villani Purqueiro
Dr., PqC do IAC-APTA felipe@iac.sp.gov.br Cristiani Kano
Dr, PqC do Polo Regional Leste Paulista- APTA ckano@apta.sp.gov.br Há uma escassez de pesquisas em relação à adubação verde e ao plantio direto de hortaliças no Brasil. Em razão disto, os tratos culturais[1] utilizados no cultivo de hortaliças, no qual a adubação verde e o sistema de plantio direto são adotados, acabam não sendo diferentes do cultivo convencional, levando, por exemplo, a um manejo inadequado da irrigação em áreas de plantio direto que acaba proporcionando condições para uma maior incidência de doenças. Isto por si só reduz o rendimento e a qualidade da produção hortícola. A seguir iremos tratar de alguns avanços recentes em adubação verde e plantio direto de hortaliças.
Adubação verde em hortaliças
A adubação verde é uma prática agrícola utilizada há mais de 2.000 anos pelos chineses, gregos e romanos. O Instituto Agronômico (IAC-APTA) avalia do ponto de vista agronômico espécies de plantas para esta finalidade desde a década de 40 do século passado (Wutke et al., 2009). Mas, o que é mesmo adubação verde?
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Chamamos de adubação verde o cultivo e o corte de plantas em pleno florescimento. A massa vegetal necessariamente não precisa ser incorporada ao solo. Além disto, se aceita denominar de adubação verde o cultivo e o corte de plantas após a colheita das sementes para a recomposição do banco de sementes do produtor ou da comunidade e para a venda delas visando uma receita adicional ao produtor.
A adubação verde proporciona inúmeras vantagens ao cultivo de hortaliças. As crotalárias são amplamente conhecidas por reduzir a população de nematóides no solo. As leguminosas adicionam nitrogênio ao solo. Os adubos verdes auxiliam na ciclagem dos nutrientes ao trazer para