Açucar extraido da beterraba
Na França, a cultura do produto ocupa 380 mil hectares. A beterraba açucareira é cultivada principalmente nas planícies do entorno de Paris e nas regiões mais ao norte – perto do Canal da Mancha e de países como Bélgica, Luxemburgo e Alemanha.
A beterraba açucareira não é avermelhada, como no Brasil. Michel Cariolle, agrônomo do Instituto Técnico da Beterraba, entidade de pesquisa mantida pelo setor, dá mais detalhes sobre o produto: “a beterraba açucareira que cultivamos na Europa também é conhecida como beterraba branca. Ela tem folhas compridas e uma raiz bem grande. É uma planta de crescimento rápido e bem adaptada ao nosso clima temperado”.
Segunda Cariolle, a beterraba branca é da mesma espécie da vermelha. A diferença entre as plantas é o resultado de um lento processo de seleção. Ao longo do tempo, as variedades de mesa foram ficando mais vistosas e com paladar mais agradável. As variedades açucareiras se tornaram mais claras e doces.
A história da beterraba na França é também a história de guerras, de política e de um imperador. O cultivo de beterraba em larga escala começou a decolar no início do século XIX, quando uma guerra marítima entre França e Inglaterra travou a importação de açúcar-de-cana, que vinha sobretudo das ilhas do Caribe, na América Central.
O estímulo à produção partiu de Napoleão, imperador dos franceses. Ele financiou a construção de usinas, o plantio de lavouras e até centros de pesquisa dedicados ao produto. Ao longo do século XIX, a nova cadeia econômica se firmaria nos campos da França e em vários outros países do continente.
Hoje, os principais produtores de açúcar da Europa são a França, a Alemanha e a Polônia. Só em território Francês, a beterraba envolve 25 usinas em atividade e 26 mil famílias de agricultores.
No município de Guise, na parte leste da Picardia,