Beterraba

INTRODUÇÃO

Com origem pré-histórica, provavelmente no Norte da África e nas costas da Ásia e do Mediterrâneo, da beterraba ancestral comia-se apenas as folhas. Aparentemente, foram os antigos romanos os primeiros a usar a raiz da planta como alimento, mas, nas antigas civilizações, a raiz era utilizada basicamente para fins medicinais.
As tribos bárbaras que invadiram e, posteriormente, conquistaram o Império Romano disseminaram o cultivo da beterraba no Norte da Europa. Mesmo assim, não atentaram para as qualidades nutricionais e gustativas da planta, que era destinada à alimentação dos animais domesticados. É por isso que, até hoje, certos europeus consideram a beterraba “comida de gado”.
Como “comida de gente”, as primeiras receitas com beterrabas surgem por volta do segundo século de nossa era, para desaparecem no decorrer da Idade Média. A beterraba volta às mesas no século 16, mas é somente no século 19 que ganha popularidade. Nessa época, descobriu-se que a beterraba era uma fonte concentrada de açúcar e, na Polônia, foi construída a primeira fábrica de açúcar extraído da beterraba.
A fama da beterraba na Europa cresceu durante as invasões Napoleônicas. Quando os ingleses restringiram as importações de cana-de-açúcar, Napoleão decretou que a beterraba seria usada como a principal matéria-prima para a fabricação de açúcar. Foi nessa época que ela chegou às Américas, tanto a do Norte quanto a do Sul.
De certa forma, Napoleão também contribuiu para a disseminação da beterraba no Brasil. Para evitar a conquista de Portugal pelas tropas napoleônicas, a família real se muda para a colônia. Isso deu um grande impulso ao plantio, no Brasil, de várias hortaliças cultivadas na Europa, entre elas a beterraba, para garantir o consumo da corte.
Nos dias de hoje, a beterraba é valorizada por vários motivos. Rica em nutrientes, ocupa lugar de destaque na lista das hortaliças com maior potencial antioxidante. A beterraba vermelha, além de estar presente em várias