Procuradoria da Mulher
Pernambuco ocupava o primeiro lugar no ranking da violência contra a mulher há doze anos. Hoje o estado é o décimo, de acordo com o Instituto Sangari e o Ministério da Justiça. Esse foi um dos motivos que levou a Procuradoria Especial da Mulher da Câmara dos Deputados e a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra a Mulher a realizaram em conjunto uma audiência pública no Estado.
O primeiro encontro dos parlamentares na capital pernambucana foi com o governador Eduardo Campos, que recebeu os integrantes CPMI, no Palácio do Campo das Princesas. O objetivo da reunião foi conhecer os projetos implantados no estado através do Pacto pela Vida e avaliar a execução da Lei Maria da Penha em Pernambuco.
"Nossa expectativa é de poder ouvir, saber como estão sendo aplicadas as políticas públicas em defesa da mulher, saber como o Governo de Pernambuco, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria estão lidando com o tema", disse a senadora e relatora da CPMI, Ana Rita (PT-ES).
Em 45 minutos, Eduardo detalhou a gênese do Pacto pela Vida e das ações voltadas para a questão de gênero. "Não estamos tratando de um assunto singelo. Há marcas presentes no mercado de trabalho, na constituição dos órgãos públicos... é uma carga histórica que não pode ser desprezada. Ousamos enfrentar esse machismo encruado na sociedade", explicou o governador.
Entre as ações, o governador destacou a criação de 14 novas Delegacias da Mulher e de seis casas-abrigo, além do apoio à implantação dos organismos municipais específicos para a mulher, fundamentais para implantação das políticas de gênero. "Apenas cinco municípios possuíam esses organismos em 2007. Hoje, chegamos a 117 (de um total de 184). Nosso objetivo é universalizar", afirmou.
Eduardo também destacou a redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) contras as mulheres alcançadas no estado. "Éramos, em 2006, o