Processos na fabricação de alimentos industrializados para animais
As indústrias de rações para animais é muito significativa no Brasil e no mundo. A produção anual mundial de rações gira em torno de 700 milhões de toneladas métricas. Segundo o IFIF - International Feed Industry Federation, o Brasil é o quarto maior produtor mundial de rações. Segundo o SINDIRAÇÕES, foram produzidos 59 milhões de toneladas de rações em 2008, o que representa um orçamento anual acima de 30 bilhões de reais.
Para melhorar a utilização de uma dieta é necessário estudar detalhadamente as propriedades nutricionais e o efeito das mesmas no processo metabólico do animal.
Diversos tratamentos químicos e físicos (tais como extrusão e peletização) são utilizados no processamento de rações, com o objetivo de incrementar a eficiência de sua utilização, aproveitando melhor o potencial do animal.
Desenvolvimento
EXTRUSÃO:
Extrusão é um processo de cozimento à alta pressão, umidade e temperatura, em curto espaço de tempo. Este conjunto de fatores distinguem a extrusão de outros tratamentos utilizados no processamento de dietas tais como peletização, floculação ou tostagem.
As rações e matérias-primas extrusadas promovem o aumento de peso e eficiência alimentar em animais e, em alguns casos, melhoraram significativamente a palatabilidade dos ingredientes ou rações.
O amido é o principal componente energético dos grãos de cereais (55 a
77%) e no processo de extrusão, devido a suas características, contribui na expansão e coesão do produto final, além de ser gelatinizado a uma temperatura em que o amido torna-se solúvel, absorvendo grande quantidade de água; o que resulta em melhor digestão enzimática devido a maior facilidade para absorção das enzimas. A melhoria na utilização do amido depende dos métodos de processamento, das fontes de amido utilizadas e da espécie animal.
A utilização mais completa do amido requer um maior grau de rompimento do grânulo de amido, que pode ser obtido através do processamento à vapor apropriado. O