A importância do controle de qualidade na promoção da saúde.
Em meados do século XIX, na Inglaterra, com os trabalhos do Dr.Arthur Hill Hassall iniciou-se a utilização do microscópio como principal ferramenta para a análise sistemática das características dos alimentos, drogas e ingredientes estranhos, a fim de detectar adulterações e verificar as condições sanitárias desses produtos. A grande repercussão de seus trabalhos resultou no “Primeiro Ato Legislativo sobre Alimentos e Drogas”, no qual foi o precursor de toda a Legislação de Alimentos (“Food Acts”) existente na Inglaterra (Clayton, 1909).
Na década de 1940, no Brasil, o Instituto Adolfo Lutz, deu início à microscopia de alimentos, onde vários métodos de análise histológica e de sujidades foram desenvolvidos ou adaptados. Ao longo dos anos com o aumento na produção de alimentos processados, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) também verificaram a necessidade da criação de uma legislação mais específica.
2. DISCUSSÃO
A microscopia de alimentos é uma área do controle de qualidade que objetiva subsidiar o estudo e a identificação de elementos histológicos característicos de cada produto empregado na elaboração de produtos alimentícios tecnologicamente processados, pesquisar a presença de matérias estranhas ao alimento, evidenciar fraudes, constatar se os produtos estão de acordo com a identificação dos componentes do produto, verificar a designação correta do produto no rótulo e a pureza da amostra, como definido em seu Padrão de Identidade e Qualidade.
Pela pesquisa de matérias estranhas se verifica a qualidade da matéria-prima utilizada, as condições higiênico-sanitárias empregadas no processo de fabricação, armazenamento e distribuição dos produtos alimentícios (Macé, 1891; Clayton, 1909; Wallis, 1965; Zamboni, 1986; Barbieri et al, 2001).
Excluída a contaminação bacteriana,