Processos de escrutinio

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Em primeiro lugar, é importante começar por dizer o que são os Processos de Escrutínio. Estes definem-se por serem as modalidades segundo as quais serão distribuídos os assentos parlamentares com base nos votos expressos pelo eleitorado.
Posto isto, podemos dizer que duas correntes de pensamento se vêm confrontando, ao longo do tempo. Por um lado, temos o escrutínio de representação proporcional, que defende “a ideia de justiça na representação das componentes da democracia pluralista”. Por outro lado, temos o escrutínio de representação maioritária que se baseia na lei da maioria, ou seja, acredita que a eleição por maioria é simples e facilmente aceite. Das divergências entre estas duas correntes, surge o processo de escrutínio misto, que procura corrigir os inconvenientes das duas primeiras correntes.
Como disse, o processo de escrutínio maioritário define-se pela entrega do poder ao candidato que conseguir a maioria. Sendo assim, podemos dividir este processo em dois: escrutínio maioritário a uma volta e escrutínio maioritário a duas voltas. No primeiro, é eleito o candidato com maior número de votos, mesmo que não consiga maioria absoluta. No segundo, o candidato só é eleito se a conseguir. Ou seja, se na primeira volta ela não existir, far-se-á uma segunda volta com os dois candidatos com mais votos, ganhando o candidato que conseguir obter, desta vez, mais votos.
Relativamente aos processos de escrutínio de representação proporcional, é importante dizer que estes são os mais diversos. O princípio desta forma de escrutínio consiste em atribuir a cada partido político o número de mandatos, sensivelmente proporcional com a sua importância eleitoral. Na verdade, existem muitas formas de fazer este tipo de escrutínio. As mais importantes e mais usadas são a do método de Hondt (usada em Portugal) e a do método de Saint-Lague. O método de Hondt consiste em atribuir mandatos pela aplicação do mecanismo de média maior, ou seja, divide-se o número de votos por 1,

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