Processo de alfabetização: concepções e práticas alfabetizadoras no contexto da escola pública
Maria Aparecida Carvalho Mendonça[1]
Roseli Inocêncio Santos[2]
Silmara Rosa Mota[3]
Claudionor Alves da Silva[4]
Resumo: A concepção de alfabetização precisou ser ressignificada para atender as novas propostas de valorização da criança e do seu reconhecimento como sujeito ativo. Mesmo havendo muitos professores que ainda continuam com a velha concepção tradicional de alfabetizar mecanicamente, alguns já estão abrindo os olhos para essa nova concepção em que o processo de alfabetização está estritamente ligado ao paradigma do letramento que é um processo que não ocorre apenas na escola, mas ao longo da vida. Nessa perspectiva, buscamos demonstrar o importante papel do educador nesse processo e ainda como é necessária uma formação adequada para que esse educador realize a mediação e construção do conhecimento em interação com o educando.
Palavras-chave: alfabetização, letramento, formação continuada.
Introdução
É crescente o número de estudos realizados sobre o processo de alfabetização, desde sua conceituação e compreensão no contexto atual. Esses estudos têm por objetivo tentar definir um conceito de alfabetização que sirva de base para as políticas de alfabetização e ainda de suporte para a formação de professores. O termo alfabetização vem sofrendo modificações em seu conceito ou significado, acompanhando as mudanças que ocorreram no contexto histórico. Até o século XVIII, segundo Lagoa (1990), o ato de alfabetizar, se traduzia em “passar” os rudimentos da língua escrita para outra pessoa, ou seja, o conceito de alfabetização dizia respeito à capacidade de ler, escrever e realizar as operações matemática. Contudo, nos anos de 1970, a partir de estudos realizados pela Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura (UNESCO) nas regiões rurais e periféricas dos países mais pobres, os especialistas desse órgão