Resumo do artigo: abrangências e função da relação terapêutica na terapia comportamental
Isadora Samaridi
Lívia Nayara Tomás Silva
Simone Rodrigues de Oliveira Dornelas
Paula Virginia
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Goiânia, 2012 Resumo do artigo: Abrangência e Função da Relação Terapêutica na Terapia Comportamental
Um artigo de Eysenck (1952) documentou não haver indicações da eficácia dos tratamentos, propondo uma alternativa às terapias, baseada no conhecimento científico em Psicologia. Ele delineou duas vias de tratamento: procedimentos de extinção e processos de treinamento e, para diferenciá-las das psicoterapias, as denominou de terapia comportamental, mas atribuiu pouca importância para a relação interpessoal entre cliente e terapeuta. O psicólogo necessitava apenas ter habilidades para planejar e executar um programa comportamental, sendo as décadas de 50 e 60 anos o auge do pensamento mecanicista. A “virada relacional” na comunidade científica aconteceu quando dados de pesquisa apontaram que as técnicas não eram os únicos fatores relevantes, sendo a atenção voltada aos fatores inespecíficos, que são referentes a qualidades inerentes em uma relação humana construtiva, como aceitação. Eysenck (1994) evoluiu para um modelo de interação entre a aplicação de técnica e a relação terapêutica, sendo que esta última pode providenciar um contexto que torna eficazes as intervenções específicas, por revesti-las de credibilidade ou por evocar atitudes colaborativas no cliente. Este amadurecimento contextualista é enriquecedor para o mecanicismo original de Eysenck. A visão comportamental acredita que os problemas psicológicos não são causados por fatores subjacentes, mas que são respostas adquiridas por meio da inserção do indivíduo no seu contexto, sendo esta visão o fundamento para a compreensão da relação terapeuta-cliente no processo de mudança terapêutica. A posição da terapia