Nós somos amor
Neste ano, hoje, mais especificamente, neste Natal era necessário tecer algumas palavras para família. Talvez porque também eu precise desabafar e relembrar momentos de antigamente quando, a cada comemoração, minha mente infantil e adolescente buscava as palavras certas e carinhosas para fazer-nos sentirmos melhores, enaltecendo a vida e, principalmente, a família que me acolheu com tanto agrado e que tem me feito o que sou hoje, um homem que se preocupa com a família, tanto quanto fui motivo de preocupações no passado. Vemos a todo momento revoluções eclodindo mundo afora, mas a revolução que travo todos os dias comigo mesmo ainda é motivo de atenção. Busco me conhecer, como sugeriu o filósofo, mas a cada descoberta, percebo o quão complexo somos e quão difícil é a tarefa do autoconhecimento. Nas minhas elucubrações, percebi também que, apesar de não me aprofundar o suficiente para estufar o peito e dizer: eu me conheço!, nas minhas buscas percebo detalhes ínfimos de minha personalidade que antes não havia me apercebido, juntando os pedacinhos podemos traçar um esboço do que somos, as linhas gerais e, a partir daí, tentar preencher as lacunas com o que sabemos ser necessário. Então é Natal! Famílias se reúnem para as festividades de comemoração do nascimento daquele que é o Farol do mundo. Momento de troca de presentes, mas principalmente, deve ser o momento de reflexão, de fé, de amor e de afeto. Afeto, porque é o momento de confraternização, onde todos nos colocamos como irmãos, que verdadeiramente somos, mas que em alguns momentos nos esquecemos disso. Amor, porque Aquele que enviou seu filho para o holocausto é fonte do Amor Absoluto. Fomos criados a sua semelhança, assim, somos uma centelha de Amor, e como tal devemos fazer brilhar nossa luz, emanando e absorvendo essa energia que dá vida aos seres e aos mundos e que mantém em equilíbrio todo o Universo. Fé, porque aquele que veio nos trazer uma boa nova falou