Problemas pela Ciência

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Em 1995, 12 pessoas morreram e mais de três mil ficaram feridas no metrô de Tóquio, no Japão, depois que um gás mortal foi liberado por membros da seita Aum Shinrikyo (Verdade Suprema, em português) pela manhã, em horário de grande movimento. Os membros da seita deixaram pacotes com sarin líquido nos vagões, que foram perfurados com as pontas afiadas de seus guarda-chuvas. Esse episódio foi o mais recente exemplo do poder de destruição de uma arma química. O sarin foi desenvolvido na década de 1930 pelos nazistas e pode provocar paralisia, insuficiência respiratória, infarto, coma ou morte.

“As armas químicas podem ser definidas como substâncias tóxicas, contidas em bombas, granadas, mísseis ou outros meios de lançamento que as conduzirão para um alvo onde serão dispersas, normalmente como aerossóis, de modo a provocar, pela sua toxicidade, lesões, irritações, ferimentos ou morte em pessoas ou animais”, explica Clóvis Godoy Ilha, coronel do Exército Brasileiro, engenheiro químico e militar.

A história registra outros casos de uso das armas químicas, como explica o professor Tanos França, coordenador do programa de pós-graduação em química do Instituto Militar de Engenharia (IME), do Rio de Janeiro: “Há vários exemplos do uso dos mais diversos agentes químicos em guerras desde a Antiguidade, dentre os quais podemos citar o fogo grego, uma mistura de piche e enxofre em chamas, usado pelos espartanos na guerra do Peloponeso (431 – 404 a.C); o uso de raízes de mandrágora pelos cartagineses para contaminar o vinho e sedar seus inimigos (200 a.C); o lançamento de cobras venenosas em embarcações inimigas na batalha de Eurimedon – entre gregos e persas (190 a.C) –; e o uso de fumaças contendo arsênio (As) nas guerras da China antiga (~1000 d.C) e também da Europa durante a Idade Média”, enumera.

I Guerra Mundial

Durante a Primeira Guerra Mundial, cientistas pesquisaram um grande número de substâncias para o emprego bélico. Dessas, 12 foram efetivamente

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