As principais correntes teóricas europeias dos Novos Movimentos Sociais
Os NMS não constituem uma teoria homogenia, um bloco referencial teórico uno, há correntes diferenciadas. Para fins didáticos agrupados em três blocos: a francesa, com os estudos de Alain Touraine e seu grupo de pesquisa; a italiana, liderada por Alberto Melucci; e a alemã, na qual se destaca o trabalho de Claus Offe. Eles se dedicaram a maior parte de seus estudos à temática dos movimentos sociais. Alain Touraine é um dos pesquisadores que há mais tempo trabalham com o tema dos movimentos sociais na Europa, dada a sua importância na sociologia francesa. A sua abordagem estrutura-se a partir do que se convencionou denominar paradigma acionalista. Sabemos que o acionalismo retoma um dos pressupostos básicos do funcionalismo: toda ação é uma resposta a um estimulo social, o axioma enfatiza o comportamento social, cuja conduta dos indivíduos e grupos em termos de conflitos ou de integração. Touraine parte da noção de projeto para criar uma teoria sobre os movimentos sociais, num sentido teórico; não designa, portanto, uma coisa mas um conceito, um conhecimento. A noção de projeto refere-se ao fato de que, em uma situação dada, a possibilidade de o ator dar sentido a suas próprias condutas permanece sempre aberta, por oposição ao sentido já dado no sistema social. O dinamismo dos sujeitos/atores é visto em termos culturais, de confronto, de valores, esses elementos, denomina-os dialética de criação e controle, a partir de hipóteses levantadas por Marx sobre o funcionamento econômico da sociedade, ele já se distanciava das explicações do marxismo ortodoxo ao enfatizar o papel dos indivíduos e não a classe social. Os movimentos sociais apresenta na abordagem acionalista, como a ação de um grupo, um ator coletivo, se define por sua situação nas relações sociais de produção, que se situa suas reivindicações e sua oposição a com grupo adversário no interior dos problemas da sociedade