Privatização do sistema penitenciário brasileiro
Não podemos deixar de lado que hoje o sistema penitenciaria brasileiro encontra-se falido, abandonado pelo poder público, que não realiza o objetivo principal que é a de prevenção e o da ressocialização. Neste viés, a sociedade brasileira se deparou com um paradoxo gigantesco no que tange ao sistema penitenciário hoje, pois de um lado temos um avanço acelerado da violência, que se espalha pelo país a uma velocidade alarmante, o clamor da sociedade pela aplicação de penas mais ríspidas, pelo direito penal, e a criação de novas legislações para coibir mais a criminalidade e do outro lado o sistema prisional esfacelado, com a superlotação. Isso se dá, pela falta de investimento do poder público, em infraestrutura, pelo não cumprimento das garantias que o apenado possui, e pela falta de fiscalização pelo poder público, ao longo de anos. O atual método de punição ao perpetrador da ordem social veio para suprir a pena de morte, a tortura feita em público e as penas cruéis, não conseguindo suprir e permitindo o apenado se aperfeiçoe no mundo do crime. A superpopulação carcerária hoje em dia, é um dos problemas que impede a ressocialização do apenado, bem como as garantias inerentes ao mesmo. Não só a superpopulação carcerária, mas também as doenças e principalmente as sexualmente transmissíveis pela falta de higiene e acomodações erradas mantidas no atual sistema. Neste sentido, podemos visualizar que o atual sistema não está apto a cumprir todas as necessidades essenciais para que um pessoa possa viver dignamente cumprido