Prisões psiquicas
No decorrer da sua obra, Freud realçou a “luta entre os instintos de vida e morte dentro do indivíduo” (Morgan; 2006: 220), processos pelos quais Melanie Klein se debruçou partindo dos pressupostos do Instituto Tavistock. Intencionava compreender, qual a influência dos mecanismos de defesa da infância, na luta contra a ansiedade já na vida adulta. Para tal, na sua análise conferiu mais importância ao papel da mãe no desenvolvimento, e não tanto ao pai como era sustentado por Freud. Para Klein, é desde o início de vida de cada criança que a mesma se defronta com o medo da morte, incorporando-o pelo que designa de “ansiedade persecutória”, suportada através de mecanismos de defesa: “desintegração”, “introjeção” e “projeção”. Estes mecanismos, desenvolvem-se desde o seio materno, onde as crianças começam a distinguir o bom e o mau, desabrochando sentimentos perante diversas situações. As experiências do “ seio bom” criam confiança, enquanto as do “seio mau” geram ansiedades dentro da criança.
Na perspectiva de Klein, são estas experiências que impulsionam a formação do ego, e é na luta entre o “bom” o “mal” que a criança aprende a lidar com eles, desenvolvendo características de “idealização”, “projeção” e “negação” em relação ás situações. Afirma ainda que a criança passa de uma fase persecutória ou “paranóide-esquizóide” para uma “posição depressiva”.(Morgan; 2006: 221). Na posição depressiva, a criança apercebe-se de que o seio bom e o seio mau são o mesmo, podendo esta descoberta gerar aspectos fulcrais na vida interior da criança: podem tornar-se âmago de medo, raiva, frustração, obsessão, depressão entre diversos sentimentos negativos. Em situações geradoras de ansiedade, os grupos tendem a adotar três estilos de atuação que serão descritos a seguir e que utilizam diferentes modelos de defesa contra a ansiedade. São elas:
* Modelo de dependência
Na qual admite-se que o grupo tem a necessidade de alguma forma de liderança para