Resenha - o caso dos exploradores de caverna
Durante uma exploração amadorística a uma caverna no condado de Stowfield, cinco exploradores ficaram presos, após um deslizamento de terra que obstruiu a única passagem que dava acesso à saída. Diversas e fracassadas tentativas de resgatar o grupo foram efetuadas pelas equipes de socorro. No vigésimo dia após o acidente, a equipe de resgate conseguiu contato com os desafortunados através de um rádio transistorizado.
O resgate levaria pelo menos mais dez dias, conforme avaliação da equipe de salvamento. Os exploradores não iriam sobreviver a todo esse tempo, visto que haviam levado consigo apenas escassas provisões e a caverna não dispunha de qualquer forma de vida animal ou vegetal que pudesse servir de alimento.
Roger Whetmore, um dos cinco integrantes do grupo, propôs que um dentre eles deveria ser sacrificado e a carne deste, serviria de alimento ao restante dos exploradores. Segundo ele, se não procedessem desta forma a sobrevivência na caverna seria impossível. De forma inusitada, a maneira escolhida pelo grupo para decidir quem seria morto foi através de um lance de sorte, mediante lançamento de dados.
No vigésimo terceiro dia, Whetmore, após o lançamento dos dados, e, sendo-lhe adversa a sorte, foi morto pelo resto do grupo. Antes desse fato, ele havia desistido do acordo e foi compelido pelos demais integrantes a continuar com o acordo.
No trigésimo segundo dia após o desmoronamento, os quatro sobreviventes foram resgatados. Diante desses fatos, relatados na sentença condenatória, todos foram acusados pelo homicídio de Roger Whetmore. Processados e condenados à morte pela forca, os acusados recorreram da decisão do Tribunal do Condado de Stowfield à Suprema Corte de Newgarth.
No decorrer do julgamento dos acusados e, visto que a lei local não admitia alternativa aos condenados por homicídio senão a punição com morte, o júri solicitou ao juiz a prerrogativa de emitir um veredicto especial. Aceito o veredicto e,