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Estigma é um termo presente na sociedade desde a Grécia Antiga, porém, é a partir da década de 60 do século XX, com Goffman, que lhe foi atribuído conceitos que tomam a sociedade como participante do seu processo de formação. Estigmas: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada , de Goffman, é o fundamento e o estímulo de diversos outros trabalhos na intenção de conceituar e refletir estigmas. Desde a publicação de Goffman muitas pesquisas têm sido realizadas em grande profusão, conduzindo elaborações, refinamentos conceituais e repetidas demonstrações do impacto negativo do estigma sobre a vida de pessoas estigmatizadas (Link & Phelan,.
Para a realização desta pesquisa, entre inúmeros trabalhos pós Goffman sobre a conceituação de estigma, o critério primordial para seleção dos autores foi escolher obras que fundamentam e priorizam a discussão e elaboração dos conceitos de estigma partindo de Goffman, e não em estudos que se preocupam com a prática da estigmatização , os quais geralmente envolvem um contexto ou circunstância. O segundo critério de seleção compreende bibliografias que tratam os conceitos de estigma sob dois aspectos: de que estigma é constituído pelo social e os que trabalham a relação dos estigmatizados diante do estigma. Este artigo objetiva realizar uma revisão bibliográfica pautando em Goffman, devido ao seu conceito fundador de estigma, para assim, estabelecer uma discussão com os seus sucessores. O conceito de estigma é pouco explorado em pesquisas realizadas
No Brasil. Dessa forma, a partir da observação de que estudos brasileiros ainda não priorizam o estudo do conceito de estigma, mas, a prática da estigmatização, julgou-se importante desenvolver esta pesquisa, focalizando o conceito de estigma para, sugestivamente, melhor compreender sua prática numa sociedade em que ele é tão vívido. I. O conceito de estigma sob a visão de que estigma é um processo constituído socialmente O conceito de estigma