Segunda Guerra
Com um tiro à queima-roupa, Gavrilo Princip mata o príncipe austro-húngaro, Francisco Ferdinando. É o pretexto para a guerra
Andressa Rovani | 05/08/2013 12h43
Por pouco, o plano não foi por água abaixo. Inexperientes, os três jovens sérvios, Gavrilo Princip, Nedjelko Cabrinovic e Trifko Grabez, estiveram a um passo do fracasso de sua missão: matar o herdeiro do trono austro-húngaro, Francisco Ferdinando. Mas uma trapalhada da segurança do arquiduque colocou Princip de cara com o seu alvo. O tiro atingiu Ferdinando no pescoço. O crime foi a gota dágua para o início do conflito que deixou um saldo de 10 milhões de mortos.
Por trás do atentado estava a sociedade secreta Mão Negra. A organização nacionalista não havia engolido a anexação da Bósnia ao Império Austro-Húngaro, em 1908. E, em 1914, contratou o trio de sérvios para matar o arquiduque, em Sarajevo. Em seguida, os assassinos deveriam cometer suicídio com cianureto. Eles foram escolhidos justamente porque já estavam condenados à morte pela tuberculose. Não tinham o que perder.
Com um arsenal de quatro pistolas e seis bombas, a idéia era que os rapazes, com a ajuda de agentes da organização, se distribuíssem no caminho que seria feito pela comitiva de Ferdinando com destino à prefeitura. O plano, no entanto, não saiu como eles imaginavam. Mas a sorte - ou azar - estava com Princip, que deu fim à vida do herdeiro do trono austro-húngaro em 28 de junho de 1914.
No total, oito homens foram presos. Princip foi condenado à pena máxima: 20 anos de prisão. O que ele desejava, no entanto, era morrer. "Minha vida já está arruinada. Eu sugiro que me preguem em uma cruz e me queimem vivo. Meu corpo em chamas será uma tocha para iluminar meu povo no caminho para a liberdade", declarou. Mas o jovem ainda viveria para ver, um mês mais tarde, a eclosão de um conflito que mobilizou todas as grandes potências mundiais.
Apesar da ameaça de guerra já estar sendo gestada há anos pelos