Preparação de Sabões
Centro de Ciências Físicas e Matemática – CFM Departamento de Química da UFSC
QMC 5218 – Química Orgânica Biológica Experimental
Turma: 07003B
Professor: Ricardo José Nunes
Experiência 8
PREPARAÇÃO DE SABÕES
Júlia Barcelos
Mariana A. Siqueira
Mariane Duarte
Suelen S. Medeiros
Setembro de 2014
1. INTRODUÇÃO
A manufatura do sabão constitui uma das sínteses químicas mais antigas; menos antiga, entretanto, que a produção do álcool etílico utilizado nas bebidas - os anseios de limpeza do homem são, na verdade, muito mais recentes que seus desejos de estímulo alcoólico. Ao ferverem o sebo de cabra com a lexívia potássica feita com as cinzas de madeira, as tribos germânicas, contemporâneas de César, realizaram a mesma reação química que o processo moderno de fabricação de sabão: a hidrólise de glicerídios. A reação dá origem aos sais de ácidos carboxílicos e ao glicerol, como demonstrado na Figura 1.7
Figura 1. Mecanismo da reação que produz o sabão.
O sabão usado cotidianamente é uma mistura de sais de sódio de ácidos graxos de cadeia longa. Uma molécula de sabão tem uma extremidade polar, -COO-Na+, e uma parte não polar, constituída por uma longa cadeia alquílica, normalmente com 12 a 18 carbonos. A extremidade polar é solúvel em água (hidrófila - que tem afinidade por água). A parte apolar é insolúvel em água, e denomina-se hidrófoba (ou lipófila - que tem aversão por água e afinidade por óleos e gorduras), mas é evidentemente solúvel em solventes apolares. Moléculas deste tipo denominam-se anfipáticas - que têm extremidades polares e apolares e, além disso, são suficientemente grandes para que cada extremidade apresente um comportamento próprio relativo à solubilidade em diversos solventes. Esses ácidos graxos são característicos de substâncias conhecidos como óleo ou gorduras.5
De acordo com a regra "semelhante dissolve semelhante", cada extremidade apolar procura um