Preconceito linguistico
Gislaine Karen de Almeida Rita
Dalva Fabiola Buttenbender
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Curso (LED0177) – Prática do Módulo III
15/12/12
RESUMO
Uma das grandes dificuldades do ser humano é lidar com as diferenças. Ao se revelar a diversidade, em muitas ocasiões, apresenta-se a tensão, a intolerância e, principalmente, o preconceito, que se decreta como uma postura escusa, sem fundamentos, para com as diferenças manifestadas nas várias áreas da vida humana.
Uma forma de preconceito sutil é a que se volta contra a identidade linguística do individuo e que, mesmo sendo combatido, no Brasil, por estudiosos da sociolinguística há dez anos, continua a ser relevado pela sociedade em geral, inclusive na escola.
A expressão “preconceito linguístico” é frequentemente utilizada por estudiosos de sociolinguística, pois refere-se à variações linguísticas e às atitudes da sociedade com relação à estas variações. Segundo Stahl Zilles, o reconhecimento da variação linguística é condição necessária “para que os professores compreendam [...] o seu papel de formar cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade, de acordo com as [...] exigências da vida e da sociedade. Isso só pode ser feito mediante a explicitação da realidade na sala de aula” (ZILLES apus FARACO; TEZZA, 2005, p.73).
Palavras-chave: Sociolinguística. Preconceito. Língua Portuguesa.
1 INTRODUÇÃO
Entende-se como preconceito linguístico o julgamento depreciativo contra determinadas variedades linguísticas. O preconceito linguístico - o mais sutil de todos eles - atinge um dos mais nobres legados do homem, que é o domínio de uma língua. Exercer isso é retirar o direito de fala de milhares de pessoas que se exprimem em formas sem prestígio social. Não queremos dizer com isso que não temos o direito de gostar mais, ou menos, do falar de uma região ou de outra, do falar de um grupo social ou de outro. Segundo a