PRECONCEITO LINGU STICO
O preconceito linguístico na sociedade e na escola. O que é e como se faz?
Trabalho apresentado à disciplina de Linguística II, sob orientação da profª. Drª. Gesiane Monteiro Branco Folkis.
BAURU
2014
1- PRESSUPOSTOS DO PRECONCEITO LINGUÍSTICO
O preconceito linguístico é um julgamento que menospreza os tipos de é divergente ou não se aproxima o suficiente de uma norma padrão. Esse tipo de preconceito pode ser facilmente observado, e cada vez mais, também na mídia. Programas de televisão, rádio, sites humorísticos na internet e materiais didáticos sugerem ou tentam propor o que deve ser considerado certo ou errado na nossa língua portuguesa.
Entretanto, devemos entender que mesmo aquele que não possui domínio de uma norma padrão, assim como quem o tem, possui poder comunicativo. Deve ser considerado como um falante competente de sua língua materna, faltando-lhe, talvez, apenas adequação do uso da mesma em relação aos contextos em que está inserido.
Marcos Bagno (1999, p.166-167) afirma que é preciso “conscientizar-se de que todo falante nativo de uma língua é um usuário competente dessa língua, por isso, ele sabe essa língua”.
Desta forma, o conhecimento do falante sobre sua língua é inerente a sua própria vivência em sociedade. O erro, conceito equivocadamente utilizado para chamar atenção sobre os desvios do uso da norma padrão, nada mais é do que uma forma de punir ou excluir o falante que não segue o padrão linguístico preestabelecido por uma classe dominante.
Bagno (1999, p.149) defende que “[...] qualquer criança entre os 4 e 5 anos de idade já domina plenamente a gramática de sua língua”. Assim, podemos compreender que até mesmo os indivíduos que ainda não tiveram acesso à gramática normativa, ou até mesmo à escolaridade, têm de fato um conhecimento inato da língua. Isso fica claro nos dizeres de Mário Perini (1999, p.13) que nos mostra o seguinte pensamento : “[...] qualquer falante de português possui um