Pr Ticas De Letramento No Ensino Leitura E Escrita
Práticas de Letramento no Ensino: Leitura e Escrita
.1 ESCRITA
O papel social da escrita variou igualmente no decurso da evolução de uma civilização sempre mais complexa.
Os primeiros empregos da escrita foram pobres, imediatos e práticos; é preciso naturalmente compreender, na prática, os empregos mágicos cuja necessidade já não sentiu. Assim, o amuleto ao lado da mensagem, as contas comerciais, o contrato, a inscrição tumular.
O emprego estava também limitado pelo fato de poucos povos terem escrita e de nesses povos poucas pessoas se servirem dela. Eram geralmente trabalhadores intelectuais ao serviço de personagens poderosas, algumas vezes essas mesmas personagens.
Com o tempo, o instrumento-escrita substituiu cada vez mais o instrumento-memória, e as genealogias, os textos religiosos foram passados a escrito. O copista, um novo artesão, foi um instrumento importante do progresso. Então a massa dos documentos constituiu uma materialização da memória coletiva nas mãos de um maior número de pessoas que sentiam mais fortes necessidades de estudo e de instrução.
A escrita, pouco a pouco, tornou-se prática; lentamente foi posta à disposição de uma parte maior da humanidade. Função do progresso geral é para ela um instrumento essencial.
Se a linguagem oral, em suas várias manifestações, faz parte do dia-a-dia de quase todas as sociedades humanas, o mesmo não se pode dizer da linguagem escrita, pois as atividades de leitura e escrita podem, normalmente, ser exercidas apenas pelas pessoas que puderam freqüentar a escola e nela encontraram condições favoráveis para perceber as importantes funções sociais das práticas de leitura e escrita.
A escrita tem muitos usos práticos: as pessoas, no seu dia-a-dia, elaboram listas para fazer trocas comerciais, correspondem-se por cartas etc.. A escrita, em geral, serve também para registrar a história, a literatura, as crenças religiosas, o conhecimento de um povo. Ela é, além disso, um espaço importante de discussão e