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"O que legitima uma propriedade ser privada?" Em primeiro lugar, o trabalho. O homem incorporou seu trabalho à matéria bruta que se encontrava em estado natural, tornando-a privada. Depois, o aparecimento do dinheiro e do comércio possibilitou uma nova forma de aquisição de propriedade, por meio da troca de coisas úteis às partes envolvidas. Quem acha ilegítimo a propriedade privada, acha ilegítimo a liberdade. "E qual o problema de estudantes definirem um lugar para praticar uma ação que não danifica ninguém." Os estudantes não são donos da PUC. É um estabelecimento em que, para o ingresso, acredito que foram assinados termos de compromisso em relação à conduta dentro deste. É uma propriedade. Tem regras. Quer fumar dentro da sua casa? Pois bem. É a sua propriedade. Você garante que cada um pode fazer o que quiser com o seu organismo, ao passo que cercea a liberdade de cada um decidir os modos de conduta dentro da sua propriedade, precisando assim de um estado-babá (que você critica, incoerentemente) para garanti-la a todos? Que contradição. "Quer acabar com a porra do tráfico que a sua própria sociedade catracalizada e capitalizada criou? Legalize as drogas!" Se você é algum tipo de anarquista, deveria saber que o tráfico advém da proibição por parte do ESTADO, como você bem vai dizer depois, e não do capitalismo. "Ou seja legitima algo ser seguido apenas na frente do órgão que lhe impõe medo? Isso não é nem um pouco educativo." Legalizemos o assassinato. Transformemos o policial em um educador ambulante, que quando alguém cometer um crime, chame de canto e converse caridosamente. "E se a instituição é católica, por quê ela cobra para ensinar os estudantes?" Simples: porquê dinheiro não nasce em árvore. É preciso manter funcionários, contas, manutenção, investimento. Nesse caso a multiplicação que Cristo fez com os peixes não é válida. "É legítimo uma instituição religiosa buscar o lucro individual?" Bom, existem religiões que legitimam crimes contra a vida e a