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Estudos Sobre a Cinética de Decomposição
Térmica do Poli(Sulfeto de Fenileno)
Laércio G. Lage e Yoshio Kawano
Resumo:: A cinética de decomposição térmica do poli(sulfeto de fenileno) (PPS) foi estudada através da termogravimetria (TG). Duas amostras comerciais de PPS foram utilizadas neste trabalho: Ryton, da
Philips Petroleum, e Fortron, da Hoechst-Celanese. Os parâmetros cinéticos, isto é, a energia de ativação e o fator pré-exponencial de Arrhenius, foram calculados através de três métodos diferentes. Os resultados aqui apresentados concordaram com os dados da literatura. A estimativa do tempo de meiavida do polímero também foi feita, mostrando que o Fortron é mais estável termicamente que o Ryton.
Palavras-chave:: Poli(sulfeto de fenileno), termogravimetria, cinética, energia de ativação, tempo de meia-vida. Introdução
O poli(sulfeto de fenileno) (PPS) é um homopolímero linear, termoplástico e semi-cristalino[1-2]. A sua fórmula estrutural está representada na Figura 1.
O PPS possui boa estabilidade térmica, alta resistência química, baixa absorção de água e boas propriedades mecânicas. Alguns estudos tem sido feitos na tentativa de melhorar suas propriedades mecânicas[3-4], bem como na tentativa de torná-lo um polímero condutor[5-6]. Atualmente, o seu emprego vai desde o setor eletro-eletrônico, passando pelo automobilístico, de eletrodomésticos, petroquímico e de utensílios de cozinha.
S n Figura 1. Fórmula estrutural do PPS.
Uma das crescentes aplicações do PPS no Brasil se dá na área de tintas anti-aderentes à base de água, a fim de empregá-las em utensílios de cozinha. Para a fabricação de tintas anti-aderentes utilizam-se resinas de poli(amida-imida) (PAI), poli(etileno sulfona) (PES) ou PPS, todas em conjunto com politetrafluoroetileno (PTFE). As tintas formuladas com PES ou PAI possuem uma resistência mecânica superior às baseadas em PPS; todavia, as formuladas com PPS possuem uma maior
resistência