povos tradicionais
O homem pantaneiro tem em sua formação a presença do índio em todas as suas características. É um povo que vive da natureza com os elementos, terra e água cujas limitações imprimem à sua vida um forma integrada e bem diferenciada dos outros povos. Um estilo de vida aparentemente duro e difícil para quem não está habituado com aquele modo de viver. Entretanto, com o tempo passou a ser parte intrínseca do seu meio, onde convive em harmonia com a natureza, com a família e consigo mesmo. O homem do campo, como também é chamado pelos habitantes locais, entende os fenômenos naturais sem mesmo nunca tê-los estudado em escola formal. Sabe quando plantar, quando colher, quando apartar o gado. O viver na imensa área do Pantanal, com suas adversidades não apresenta nenhuma dificuldade, nem rusticidade, porque já está acostumado com isso. Afinal de contas, já nasceu ali, cresceu ali e convive ali. Convivendo na realidade de uma região inóspita, tem como meio de transporte mais utilizado o cavalo pantaneiro, resistente ao trabalho dentro d'água, e as embarcações de variados tamanhos e tipos. Distante dos recursos das cidades, o homem do Pantanal aprendeu a retirar do ambiente que o cerca as substâncias especiais para utilização medicinal, herança dos índios - antigos habitantes - e dos povos vizinhos como os paraguaios e bolivianos. Peão ou fazendeiro, integrado a tudo que o rodeia, sabe que as ações da natureza, enchentes e secas, são responsáveis pela riqueza e vida no Pantanal. As distâncias e o difícil acesso às demais regiões fizeram-no acostumar-se ao isolamento e à solidão, o que é quebrado quando ele manifesta o sentimento de cooperação no manejo do gado ou na participação de festas tradicionais em fazendas vizinhas. POVOS QUILOMBOLAS
Os primeiros quilombolas surgiram no período colonial, quando escravos fugiam das fazendas e das pequenas