brasil
, ou burocratas da rua) poderiam e deveriam influenciar de forma mais intensa o processo de plan ejamento de políticas públicas. De acordo com autores que apóiam essa visão, ela seria justificada, primeiramente, por questões de efetividade e eficiência, já que esses atores sabem exatamente o que acontece e o que seria melhor para alcança r-se os resultados da política (Palumbo e
Harder, 1981); segundo, porque seria mais democrático a participação das partes in- teressadas no processo nas decisões que lhes afetam. Na mesma época da emergên- cia da escola do bottom up acontecia um cresciment o da literatura sobre descentralização (Rondinelli, 1981), que justificava da mesma forma sua ne- cessidade em políticas públicas. Os defensores do processo de cima para baixo ( top down
), entretanto, eram céticos em relação à ênfase dada às necessidades de ter um fluxo mais intenso de baixo para cima, pois os atores mais abaixo no processo mui- tas vezes não tinham uma visão do todo e sobre como controlar o processo. Ao fi- nal, houve uma certa convergência em aceitar a importância de ambos os fluxos ( top down e bottom up
) para se entender políticas públi cas e seu processo de planejamen- to. A literatura de planejamento e implementação em países em desenvolvimento
Um debate quase separado na literatura internacional é o estudo da implementação e do processo de planejamento nos países em desenvolvimento. Alguns autores não fazem distinção em seus modelos e estudos entre os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento (Van Meter e Van Horn, 1975), mas boa parte da literatura in- ternacional faz essa divisão. Os debates na s duas divisões tomam rumos diferentes e influenciam uns aos outros (Grindle, 1980). A divisão desenvolvido/em desenvolvi- mento tem em suas raízes a premissa, que nu nca foi testada, de que as