Pos-colonialismo
2) Foucault examina as normas do discurso de um contexto temporal em particular e as compara à análise do conhecimento do poder. Segundo o autor, o poder não é necessariamente uma força repressiva mas é sim “uma força produtiva que une as diferentes forças da sociedade”. E a história não é mais do que uma luta do poder. Todo texto literário ou não- literário é ligado à história pois é dependente de um contexto geográfico e histórico. Deste modo, se pode dizer que qualquer produção escrita ou discurso, pois “a história e a história das ideias são intimamente ligadas à leitura e à produção de textos literários”, é elaborado no meio de circunstâncias ligadas à uma luta pelo poder. Quer dizer então que não pode existir objetividade em um discurso.
3) A linguagem, através de discursos permite a posse do poder. Quem possui esse poder pode então através de discursos estabelecer regras de superioridade por exemplo, de certas comunidades sobre outras, ou, de certas civilizações sobre outras. Durante séculos, o discurso europeu estabeleceu uma suposta superioridade de sua própria civilização sobre as outras. Durante séculos também, pessoas do sexo masculino acreditavam numa suposta inferioridade do género feminino. Foucault conclui também que o pensamento e o discurso dos indivíduos estabelece-se em função de certos padrões aceites pela sociedade e transmitidos notadamente através do sistema educacional.