porto das barcas

. INTRODUÇÃO E PROBLEMATIZAÇÃO
O patrimônio material e imaterial presente nas cidades históricas constituem-se em um valioso instrumento para fins turísticos, uma vez que conforme Lohamann; Netto (2008, p.434) os patrimônios culturais se tornam atrativos turísticos, que motivam turistas ou visitantes a saírem de suas residências e a viajarem para poder conhecer de perto tais monumentos, festas, traços culturais, sítio arqueológicos, ruínas ou conjunto arquitetônicos etc. A grande preocupação é em relação à conservação desses espaços, que de forma ainda latente trata-se de um grandioso desafio não tão somente aos profissionais estudiosos na área, como para a população em geral, que se identifica com o local em termos de pertencimento a uma determinada região, ou melhor, a história carregada pelo bem, propícia aos habitantes de uma localidade um sentimento de traços identitários comuns, ou seja, nutre um sentimento de pertencimento a uma mesma cultura.
Exemplifica-se citando o conjunto arquitetônico Porto das Barcas, localizado em Parnaíba, ao Norte do Estado do Piauí, observado, no presente trabalho, como um espaço que serve para contar, devido a sua íntima relação, a história de formação de uma cidade e consequentemente, dos aspectos de identidade de um povo.
Assim pretende-se demonstrar que consoante Passos (1987, p.23), “o Porto Salgado do Piauí, nome que ficou conhecido o Porto das Barcas, devido à atividade do charque lá desempenhada, fazendo assim, menção ao sal que era derramado no local, foi o principal responsável pelo o processo de povoamento da cidade”, visto que com a movimentação de mercadorias e pessoas inicia-se a construção de casas no entorno, formando assim, o traçado da Vila de São João da Parnaíba.
Tendo em vista o exposto, objetiva-se a análise do porto como um patrimônio histórico-cultural de Parnaíba, que por meio de entrevistas e observações in locu, a fim de perscrutar sua atratividade para o fomento do turismo histórico ou cultural