Análise do "Auto da Barca do Inferno"
Através desta obra, produzida com muitas rimas, trocadilhos e metáforas, Gil Vicente concretiza uma ideia de julgamento após a morte, que ocorre em um porto com duas barcas, uma em direção ao inferno em responsabilidade do Diabo junto ao seu Companheiro, e outra em direção ao céu, aos cuidados do Anjo. Em permanência eles esperam as almas ao porto, onde as mesmas serão julgadas e assim é decidido em qual barca entrarão.
O primeiro a ser julgado é um Fidalgo que representa a nobreza, e traz consigo um pajem que carrega uma cadeira, simbolizando seu status social. O Fidalgo é condenado à barca do inferno por sua vida pecaminosa, caracterizada pela luxúria e tirania, onde sua arrogância e orgulho chagam a tal ousadia para zombar o diabo.
O próximo personagem a ser julgado é um Onzeiro, carrega ama bolsa que representava sua ganância, o mesmo demostra apego as coisas mundanas. Ao pedir o Diabo para que o deixasse voltar a vida e assim rever suas riquezas, o Onzeiro é condenado a barca do inferno por sua ambição, avareza, usura e dissimulação e sendo cumprimentado como parente do Diabo, evidência que possuíam personalidades parecidas.
O terceiro a ser julgado é o Parvo o qual representa o povo ,não carrega nada consigo, demonstrando seu desapego às coisas mundanas e sua simplicidade, é comtemplado a barca do paraíso por sua humildade e verdadeiros valores, cujo são sinceros. Ao decorrer da peça o Parvo faz um papel muito importante, em indicar a pretensão dos outros personagens que se julgam inocentes.
O seguinte a ser julgado, é o Sapateiro, representando o grande parte dos mestres de ofício, carrega consigo um avental e