Análise de uma cena (“auto da barca do inferno”)
RESUMO DA CENA:
Quando o procurador* chega á barca do inferno, vai o corregedor saúda-o e pergunta o que o diabo está a dizer. Quando o diabo lhe diz que ele dava um bom remador na sua barca, o procurador julgava que o diabo estava a brincar com ele. Depois o diabo diz para onde vai a barca (para o inferno) e o procurador diz que não vai para lá. Ele diz que não se confessou porque não sabia que ia morrer, uma frase do nosso texto para comprovar isso: “não cuidei que era extremo, nem de morte minha dor.”-v.695 (procurador), ou seja, não pensei que a minha dor iria levar me a minha morte. Ele não acredita verdadeiramente em Deus, porque se acreditasse ter-se-ia confessado mesmo sem achar que ia morrer, mas assim ele pensava que bastava confessa-se antes de morrer e iria garantidamente para o Paraiso.Depois dirige-se (com o Corregedor) á barca do Paraiso.Eles querem parra pelo paraíso, mas o anjo não deixa porque eles eram “homens da ciência” e nessa altura não estavam autorizado a saber mais- só podiam acreditar em Deus (teoria geocêntrica). O parvo nesta cena critica o procurador e corregedor por terem roubado. O anjo não os deixa embarcar e eles voltam á barca do inferno e embarcam.
Resolver o questionário:
1.
1.1. Gil Vicente decidiu juntar estas duas personagens porque ambas pertencem à justiça.
3.
3.1. O procurador não acreditava piamente na religião, pois apesar de ter feito erros não se confessou.
4.
4.1.o anjo acusou o procurador de apesar de ser instruído, tem uma grande quantidade de pecados.
4.2. O parvo teve como papel a critica do procurador.
6.
6.1. O procurador falavam latim, porque era instruído para tal.
6.2. O uso do latim “macarrónico” era porque nem o diabo nem o parvo sabiam falar latim.
7.antitese-:
Eufemismo: “que seres bom remador. Entrai, bacharel doutor… ”- v.680 (diabo) / “ Pera as penas infernais” – v.687
Ironia: “ ora estás bem aviado"-