Porfirinas
A síntese laboratorial de várias porfirinas existentes na Natureza e o conhecimento preciso, das respectivas estruturas que formaram, com efeito, o suporte das anteriores contribuições de Lemberg, Mac Donald, Falk, Granick, Phillips e Burnham entre outros, que deram à química orgânica das porfirinas a solidez que hoje a caracteriza.
Ela podem ser considerada seu surgimento através da porfirina como sendo um núcleo mãe e base para todas as porfirinas existentes, compõem-se de 4 anéis heterocíclicos (A,B,C,D) ligados entre si por grupos de meteno (-CH=), arbitrariamente denominados α, β, γ, δ.
Os tetrapirróis derivam da porfirina através de três possibilidades: substituição de alguns ou de todos os átomos de hidrogênio situados nas posições beta (numerados de 1 a 8) dos anéis pirrólicos, por cadeias laterais de vários tipos; formação de complexos com átomos metálicos diversos, no centro do anel macrocíclico (modificáveis por alteração da valência, pela constituição de compostos e pela combinação com proteínas específicas); substituição das pontes meténicas de carbono.
Todas as porfirinas e metaloporfirinas de que se conhecem funções biológicas pertencem ao tipo isomérico III, em que se filia, igualmente, a protoporfirina IX. As porfirinas do tipo I, não obstante serem isoladas de matérias naturais, não possui quaisquer atividades fisiológicas. Ocorrem em excesso em determinadas condições patológicas e formam-se in vitro . Não se conhecem, na Natureza, hemes ou complexos metálicos relacionados que sejam provenientes daquela forma isomérica.
As porfirinas naturais mais importantes, não complexadas com metais, são a proto-IX e os isômeros I e III das uro- e copro- (2,6,13); há quantidades mínimas no sangue (UP, CP e PP), urina (CP e UP) e fezes (UP, CP e PP), que se elevam em certas situações patológicas.
Foi proposta, assim, a divisão das Porfirinas em Eritropoiéticas e Hepáticas, estas por sua vez, com vários subgrupos :
1 – Porfíria