Educação básica no brasil: a agenda da modernidade.
SCHWARTZMAN, Simon. Educação básica no Brasil: a agenda da modernidade. Estudos Avançados. 5(13), 1991, p. 49-60.
O autor inicia o artigo detendo-se na impossibilidade de delimitar os Pós- Modernismo e suas conjunturas propondo uma reflexão sobre os impactos da modernidade na educação básica brasileira. Assim, ele esclarece que o processo de modernização foi constituído nos países menos desenvolvidos industrialmente como forma de equiparação com as nações ricas.
Com o fracasso de tais aspirações, a Modernidade torna-se a alcunha que qualifica melhor o movimento condicionador das nações, por sugerir uma aproximação tecnológica entre os extremos de modo a convergi-los a uma estagio comum. Para uma real adaptação ao mundo moderno seria necessário aprender a conviver com as transformações sociais, politicas e econômicas que esse processo trás, entretanto tal quadro é utópico mediante ao cenário de desigualdades existentes no mundo.
Os vieses da educação tornaram-se uma temática amplamente discutida atualmente, embora tenha sido relegada às percepções de cunho técnico e administrativo nas ultimas décadas. O prestigio escolar sofreu diversas deturpações ao longo dos anos por refletirem a idealização de que o estudo não se configurava em um mecanismo capaz de modificar ou traçar as condições de vida de um indivíduo e consequentemente das classes menos favorecidas. Esse pensamento se refletiu nas praticas pedagógicas adotadas e somadas às frustrações dos profissionais da área foram difundidas no sistema educacional vigente
Assim, quando uma sociedade se expande, a educação parece funcionar como instrumento poderoso de mobilidade social de novos grupos, e de incorporação de novas tecnologias e conhecimentos à sociedade; quando as sociedades estão estagnadas, a educação parece funcionar, sobretudo, como elemento de seleção e discriminação social. Sozinha, ela pode menos do que se acreditava no passado; em conjunto com