Por que a poesia na sala de aula?
Caroline Orlandini Moraes
Larissa Dário de Araújo
(G – CLCA – UENP/CJ)
Rafaela Stopa
(Orientadora – CLCA – UENP/CJ)
Introdução
Segundo o crítico e professor Alfredo Bosi, no ensaio “A poesia ainda é necessária” (2000), na contemporaneidade, ainda que em um mundo abarrotado de imagens, objetos e informações, a poesia pode ajudar a enxergar vida naquilo que parece vazio ou amorfo. Pensando nisso, este artigo discute a necessidade da poesia e aponta algumas condições para garantir a sua abordagem em sala de aula, com fundamentação em Helder Pinheiro (2007). Espera-se, assim, partilhar a relevância da leitura da poesia, uma vez que se trata de uma experiência única que desperta diferentes sensações, trazendo satisfação e encantamento em virtude de seus jogos de palavras e seus temas que cativam e emocionam. Ainda de acordo com Bosi, quem questiona a necessidade da poesia é porque está sentindo falta dela. Trazendo o comentário do crítico para a esfera escolar, vemos que, infelizmente, ela vem deixando de ser estudada na sala de aula, o que priva o aluno do contato com esse tipo de texto. Quem lê poesia, desperta em si um amplo sentido sobre tudo, pois ela aguça o imaginário como também as fantasias. A nossa expressão é um ato individual, uma característica única, assim como a interpretação que atribuímos a cada leitura. Ao lermos poemas, somos capazes de por a nossa imaginação em ação. Para Bosi, ao fazermos uma leitura, vemos que o poeta tem o dom de transformar algo que antes era amorfo em algo vivo, ou seja, ele é capaz de criar vida e graça: “aquele vulto que parecia vazio de sentido começa a ter voz” (2000, p. 260). A distância entre leitor e poeta vai diminuindo de acordo com as características da poesia, jogos de palavras e rimas que vão dando sentido a tudo que absorvemos, abrindo espaço também para indagações. O crítico Ítalo Moriconi, de forma