Politica e saude publica no brasil
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As Maneiras de Dinamizar os Medicamentos Homeopáticos:
Semelhanças e Diferenças
Amarilys T. César
O texto original foi publicado na revista Cultura Homeopática, 5 (dez 2003): 25-41. Em fevereiro de 2008 o texto foi revisto, com finalidade de apresentar uma palestra no I Encontro sobre
Estudos em Homeopatia – Medicina – Veterinária – Farmácia – Agronomia (8/março/2008) do
CESAHO, e re-publicado no site www.cesaho.com.br, com o subtítulo “Uma revisão”.
As mudanças que ocorrem em substâncias materiais, especialmente nas medicinais, através da trituração com pó não medicinal, ou quando dissolvida, através da agitação com um fluido não-medicinal, são tão incríveis, que aproximam-se de miraculosas, e é motivo de alegria que a descoberta destas mudanças pertença à Homeopatia.”
Hahnemann, Doenças Crônicas
INTRODUÇÃO
Quando se pensa em medicamento homeopático, algumas idéias difundidas até mesmo pela mídia leiga, logo vem à nossa mente: uma é que eles são muito diluídos, suas doses são muito pequenininhas. Talvez associações com descrédito, com “serve só para tratar algumas doenças”, “trato meu filho com um homeopata, mas quando ele fica doente mesmo, levo ao médico”.
Porém, aprofundando no conhecimento, logo se diz que são “dinamizados”.
Mas qual é mesmo o significado deste termo? Como é feita a dinamização?
Como são produzidos estes medicamentos?
Chamamos de “dinamizar” ao conjunto das operações de diluir e agitar soluções, ou, no caso de sólidos, desconcentrar e triturar pós. Este fundamento nos foi apresentado por Hahnemann, provavelmente desenvolvido através de reflexões, mas também de maneira intuitiva, ao longo de sua vida, enquanto buscava formas para melhor aplicar a Lei da Semelhança no tratamento de doentes. Este é o processo fundamental para o preparo de medicamentos homeopáticos. Mesmo assim, no contato com os profissionais clínicos - e portanto prescritores - percebe-se que há muito