Politica social escolar
Elda Alvarenga[1]
Emília Peixoto Vieira[2]
Miriam Morelli Lima[3]
Apresentação
Pesquisar o trabalho docente no contexto atual requer um estudo aprofundado das reformas educacionais promovidas nos últimos anos no cenário brasileiro, além de compreender os aspectos históricos, sociais, políticos, econômicos e culturais concernentes à realidade da sociedade contemporânea. As transformações ocorridas em tal contexto afetaram profundamente a vida social e, conseqüentemente, as questões relacionadas à educação. Segundo Oliveira (2003) “o movimento de reformas que toma corpo nos países da América Latina nos anos 1990 traz conseqüências significativas para a organização e a gestão escolar, resultando uma reestruturação do trabalho docente, podendo alterar até sua natureza” (2003, p. 33). Essas reformas procuraram traduzir as demandas postas pela lógica do capital, respondendo às exigências dos organismos internacionais. As transformações recentes no modo de produção capitalista - a transição do fordismo à acumulação flexível foram algumas das mudanças encontradas pelo capital para a retomada do crescimento econômico. É nesse contexto que o estado brasileiro define sua política educacional, tendo como principais características a regulação e o controle, um Estado Avaliador e Regulador. Nesse sentido, as reformas evidenciaram a necessidade de adequação do trabalho docente às novas exigências profissionais advindas das inovações tecnológicas e da conseqüente mudança no mundo do trabalho. O Estado com sua política educacional tem intervindo no trabalho docente, procurando instituir mecanismos que induzam os docentes a adequarem as atividades inerentes à profissão de acordo com os resultados estabelecidos pelos interesses mercantilistas. Dessa forma, o trabalho docente tende a sofrer conseqüências importantes em função de sua natureza, dos objetivos e finalidades das