O que representa para o autor a politica de cotas raciais ou sociais e quais as possibilidades que apresenta para o debate social trabalhos escolares e acadêmicos prontos
Na grande teia global, onde a uniformização dos traços materiais e simbólicos se impõe de modo avassalador, qualquer movimento em descompasso com a ordem costuma ser intransigentemente desqualificado. A tônica liberal do estabelecimento por competência se reafirma e discrimina qualquer perspectiva que culpe o sistema pelo atual estado de parcelas expressivas das populações negras e pobres. Para os da “competente e competitiva ordem” os problemas dessas populações carentes se iniciam e se encerram nelas mesmas, são elas a raiz e copa da frondosa árvore de maus frutos sociais. Os discursos que se arvoram na defesa da meritocracia liberal são excludentes e estão convencidos e comprometidos com o convencimento de que é democrático e justo tratar com igualdade os desiguais, oferecendo aos sem oportunidades (leia-se sem qualidade de educação, sem boa saúde, sem saneamento, sem respeito, sem etc...), a oportunidade de concorrer e alcançar os mais destacados papéis e status sociais. Mera quimera!
Incisivas críticas anti-cotas são vociferadas por diversas instituições privadas de Ensino Médio, que têm nos índices de aprovação dos vestibulares a pretensa e frágil certificação da sua qualidade. Aqui, nas terras do cacique Serigy, até passeatas já foram realizadas pelos que se diziam preocupados com os “riscos” que o acesso dos negros e pobres poderiam