Polarização sociolinguística
A evolução teórica sobre linguagem gerou um grande viés nos estudos e nas pesquisas linguísticas em geral. Essa separação do que é interno à língua (estrutura) e do que é considerado em seu meio de uso (comunicação social) mantém de forma estanque, uma teorização da outra, ocasionando debates sobre o que seria mais importante pesquisar dentro da Linguística. É importante ressaltar que essas teorias já estão consagradas e em uso nas pesquisas. A proposta que aqui se segue, visa questionar se essa separação é realmente necessária e importante para uma melhor compreensão do processo de produção de linguagem pelo homem. Devemos adotar uma corrente teórica em detrimento da outra, ou será que uma junção traria uma melhor compreensão? Eis o principal questionamento levantado aqui. Desta forma, perceberemos que as ideias aqui presentes nada mais são do que uma concepção reflexiva, onde comentaremos os pressupostos de diversas teorias, suas análises, pontos de vista, para assim, tentarmos chegar a um senso comum.
Formalismo e Funcionalismo na ciência da linguagem
A linguística contemporânea é marcada por diferentes vertentes teóricas que se constituíram ao longo do século XX e que se consolidam neste início do século XXI. No que concerne ao campo científico da linguagem, a riqueza teórica na formação epistemológica de um objeto de estudo conduziu a linguística às duas principais perspectivas de análise: FORMALISMO e FUNCIONALISMO. Cronologicamente, poderíamos dizer que esses dois paradigmas teóricos surgiram em momentos bastante próximos, no início do século XX, definindo os dois modos essenciais de análise da linguagem, ora se pautando na FORMA linguística ligada às unidades estruturais da língua, ora priorizando a FUNÇÃO que tais unidades linguísticas assumem no sistema.
Entre os expoentes do formalismo linguístico podem-se incluir linguistas vinculados ao estruturalismo norte-americano (Leonard Bloomfield, Fries, Harris), bem como