Poesia de Sá de Miranda
Quando jovem, provavelmente por influência do seu pai, ele começou a frequentar o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra que de acordo com a formação humanista daquela época, ministrava as línguas grega e latina. Algum tempo depois, formou-se no curso de Direito pela Universidade de Lisboa. Foi aí que começou a frequentar os serões da corte, o que o fez se inspirar e escrever cantigas, vilancetes e esparsas, que depois de um tempo foram colocados na obra de Garcia de Andrade, “Cancioneiro Geral”.
Em 1521, motivado pelo desejo de conhecer de perto as fontes renascentistas, foi até Veneza, Milão e Roma, onde viveu por aproximadamente cinco anos. Como estava acostumado com um ambiente mais tradicional e “fechado”, ele ficou abismado e com um sentimento de revolta, com a dissolução dos hábitos um tanto “modernos” desses locais. Durante sua estadia, ele conviveu com várias personalidades da Renascença, como o cardeal Bembo Sannazzaro, considerado um dos maiores nomes da literatura daquela época. Já no ano de 1526, quando passou pela Espanha, também conheceu Boscan e Gracilaso.
No ano de 1526, quando voltou para Portugal, ainda mantinha contato frequente com a corte, que naquela época estava instalada em Coimbra. Mesmo assim, passando-se quatro anos, ele vai embora da cidade e começa a morar na Comenda de Duas Igrejas e a partir daí passou a viver com o dinheiro que tinha recebido de herança do seu pai.
Em 1530, casou-se com D. Briolanja de Azevedo, vivendo naquele local por cerca de 20 anos, tempo em que começou a entrar em contato com alguns de seus amigos leitores e fidalgos, que foram de grande importância para a sua produção literária.
Sá de Miranda faleceu no dia 14 de janeiro de 1559, aos 76 anos de idade. Atualmente, é conhecido