Poder e punição
Gabriela H. G. F. Cardoso, n.º 6829
Curso de Pintura, 1º ano
FBAUL 2011/2012
Resumo
Breve análise do conceito de poder, salientando a teoria de Foucault, em contraposição com o pensamento marxista.
Introdução
Neste trabalho é abordado o conceito de poder, destacando-se principalmente a análise de Michel Foucault.
É enunciado os princípios base de ambos e feito um confronto ao longo do desenvolvimento.
Desenvolvimento
As relações de poder foram analisadas por vários filósofos e surgiram várias ideias divergentes sobre o assunto. Michel Foucault foi um dos filósofos que abordou esta temática. Para ele, o conceito poder nunca tinha sido verdadeiramente analisado, somente as relações de poder, que variavam consoante as ideologias políticas.
Foucault começa por dizer que não se deve procurar pelo poder num ponto central, ou seja, que o poder não se resume ao Estado, a um órgão soberano, “mostra, ao contrário, que o próprio Estado aparece como efeito de conjunto ou resultante de uma multiplicidade de engendragens e de focos que se situam num nível bem diferente e que constituem por sua conta como uma microfísica do poder.” (Deleuze, 2005). Defende que o poder surge de todos os lados, a todo o instante e que está em toda a parte, é omnipresente. E por isso, ele define o poder como uma ‘situação estratégica complexa numa determinada sociedade.’ (1994, 96). Ou seja, separa o Estado e o poder do mesmo conceito e defende que o poder se sustenta de baixo para cima.
O poder vem de baixo; quer dizer que não existe no princípio das relações de poder, e como matriz geral, uma oposição binária e global entre os dominadores e os dominados, dualidade que se repercute de alto para baixo, e sobre os grupos cada vez mais restritos, até nas profundidades do corpo social. (Foucault, 1994, p. 97)
Deleuze, sobre isto, reforça a ideia de Foucault, dizendo:
Foucault mostra que não é assim, nem disso, que procede o