PODER ECONOMICO
A decisão confirmou a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro. Com uma taxa mais alta de juros, o Banco Central tenta controlar o crédito e o consumo, atuando assim para segurar a inflação. Por outro lado, ao tornar o crédito e o investimento mais caros, os juros elevados prejudicam o crescimento da economia.
Ao fim do encontro, o BC divulgou a seguinte frase: "avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p., para 12,75% a.a., sem viés".
Cenário econômico
O novo aumento dos juros básicos da economia acontece em um momento complicado, com a economia ainda se ressentindo de um baixo nível de atividade, mas com a inflação fortemente pressionada pelo aumento de tarifas públicas, como energia elétrica e gasolina, e também pela disparada do dólar – que nesta quarta fechou em R$ 2,98, o maior patamar desde 1998.
De acordo com o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian, o cenário atual é um dos mais desafiadores para a política econômica, pois combina ausência de crescimento com inflação em alta, que os economistas chamam de “estagflação”.
A alta do dólar pressiona os preços, pois os produtos e insumos importados ficam mais caros. Além disso, a inflação também sofre os efeitos dos reajustes dos chamados "preços administrados" (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros). Para a energia elétrica, o rejuste pode superar 40% neste ano.
“A depreciação do real