PLANOS ECONOMICOS
Durante o governo de José Sarney consolidou-se o processo de redemocratização do País, o qual garantiu à maioria da população brasileira o direito à participação na vida política nacional. Nesse sentido foi restabelecido o direito de voto, a garantia de amplas liberdades sindicais, além da convocação da Assembléia Nacional Constituin¬te, encarregada de elaborar uma nova Carta Constitucio¬nal devolvendo o País à democracia.
Para fazer frente às dificuldades econômicas, o Go¬verno estabeleceu, em fevereiro de 1986, inúmeras medi¬das que visavam a reverter o quadro inflacionário. O en¬tão ministro da Fazenda, Dilson Funaro, criou um plano econômico, o chamado Plano Cruzado, que contou com amplo apoio da sociedade de uma maneira geral e, por algum tempo, apresentou efeitos promissores.
O sucesso inicial do Plano Cruzado garantiu a Sarney e ao partido do Governo, uma estrondosa vitória nas elei¬ções para os governos estaduais e para o Congresso Na¬cional, em novembro de 1986.
Porém, logo no final de 1986, a situação reverteu-se, e o Plano demonstrou seu fracasso frente à falta de merca¬dorias, às inúmeras pressões por aumentos e à generaliza-da cobrança de ágio na compra de produtos.
Outros planos foram postos em prática durante o Governo, que, não sendo eficazes, contribuíram para aprofundar a crise econômica e financeira do País. Ao descontrole financeiro juntavam-se o peso da dívida ex¬terna, o descrédito do Brasil no mercado internacional, com ausência de investimentos estrangeiros, e a enorme dívida interna do Governo, pois a arrecadação de tributos não atendia aos compromissos existentes.
No final do mandato de José Sarney, as forças políti¬cas que compunham o Governo estavam muito desacredi¬tadas. A oposição conquistava cada vez mais força. Em fins de 1989, realizaram-se as primeiras eleições diretas presidenciais após o Golpe de 1964. Depois de acirrada disputa entre o candidato do PT (Partido dos