Planejamento em Cooperativas
Para Farina (1999), as estratégias são condicionadas pelo ambiente competitivo, no qual são definidos os padrões de concorrência e a capacitação dos recursos internos das firmas, definindo ação estratégica “como a capacidade que as empresas demonstram, individualmente ou em conjunto, de alterar, a seu favor, características do ambiente competitivo, tais como a estrutura do mercado e os padrões de concorrência”. Para a maioria dos autores, entre eles Wheelwright (1984) e Pedrozo (1993), existem três níveis de estratégias das empresas: o funcional, o da unidade de negócio e o da corporação.
1) Estratégia Funcional de Produção: que deve procurar especificar como a função (produção, marketing, P&D, finanças, etc) apoiará as estratégias do negócio e como poderá integrar e/ou complementar as outras estratégias funcionais visando obter vantagem competitiva para a organização. Desse modo, as decisões da produção abrangem oito categorias: as denominadas de “estruturais” ou “estratégicas” (capacidades, instalações, tecnologia, integração vertical) e as chamadas de “infra-estruturais/táticas”, que são à força de trabalho, qualidade, planejamento da produção/controle de materiais e organização, conforme Pedrozo (1993).
2) Estratégia de Negócio: uma unidade estratégica de negócio (UEN) pode ser definida como uma unidade operacional ou um foco de planejamento para vender um grupo específico de produtos ou serviços a um grupo identificável de clientes em competição com uma definida faixa de competidores. Existem diversos parâmetros para dividir as unidades de negócio de uma cooperativa: nível da atividade econômico, geográfico, por produtos, por tipo de atividade agropecuária.
3) Estratégia Corporativa: é a estratégia de maior nível ou abrangência interna e, segundo Wheelwright (1984), define os negócios nos quais a companhia competirá de um modo que saliente os recursos necessários a transformar competências distintivas em vantagens