Resenha SCHULTZ, Kirsten. Perfeita civilização a transferência da corte, a escravidão e o desejo de metropolizar uma capital colonial

2091 palavras 9 páginas
AD2 de História da Região
Nome: Juliano Guedes dos Santos Mat.: 12116090187 Polo: Resende

Resenha:
SCHULTZ, Kirsten. Perfeita civilização: a transferência da corte, a escravidão e o desejo de metropolizar uma capital colonial. Rio de Janeiro, 1808-1821. Tempo. N. 24, p. 5-27.
Universidade Federal Fluminense.
Nesse artigo, Kirsten Schultz analisa as transformações realizadas na cidade do Rio de Janeiro com a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, após o avanço das guerras napoleônicas sobre Portugal, e o desejo de transformar a capital colonial em metrópole do império português.
Transformação não somente física, mas principalmente moral. Queria-se modificar e adaptar a aparência da cidade, os hábitos e costumes e as relações sociais em moldes europeus, além de
“civilizar” seus habitantes para abrigar com esplendor a Corte. Contudo, um sistema enraizado na colônia impôs grandes obstáculos a esse projeto: a escravidão africana.
Os preparativos e a reconstrução do Rio de Janeiro começaram dois meses antes da chegada da Corte e tal projeto seguiu as experiências urbanizadoras do século XVIII realizadas em
Portugal e no Brasil, onde se projetava o poder real absoluto e estabelecia uma ordem ilustrada.
Com isso enfraqueceu-se a separação metrópole/colônia e para o sucesso dessa transformação todas as aparências e práticas que não correspondessem com o momento deveriam ser desfeitas ou maquiadas.
A cidade passou por grandes obras para abrigar a Corte e melhorar a administração do reino. O palácio vice-real foi ampliado, ruas e casas foram pintadas, novas casas foram construídas para abrigar os nobres, as igrejas foram limpas. O comércio de varejos aumentou com o crescimento da população. A Coroa estimulou e financiou a construção de novos prédios públicos. Foi instituída pela primeira vez na colonização portuguesa do Brasil uma Imprensa Real e novas academias reais, escolas de medicina, biblioteca real, aulas régias para educação e

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