Pirro de Élis

389 palavras 2 páginas
Segundo essa tese, a América-Latina é uma civilização distinta porque embora tenha se originado da civilização Ocidental, evoluiu por um caminho distinto do restante dela, seja por incorporar (em graus variados dependendo de cada país) elementos culturais africanos e indígenas, seja porque alguns dos próprios elementos culturais herdados do Ocidente seriam arcaísmos já superados no restante daquela civilização, ou seja porque a civilização Ocidental tem dificuldade em reconhecer os latino-americanos como Ocidentais.

De fato, pesquisando referências na imprensa ou mesmo em trabalhos acadêmicos, frequentemente encontra-se referências ao Ocidente excluindo a América-Latina. Ela é frequentemente incluída junto com a África (e às vezes parte da Ásia) no conjunto chamado de "Sul". E embora (como o próprio autor mencione) os latino americanos se descrevam como ocidentais (em geral distinguindo-se dos povos"orientais", ou seja, asiáticos) essa descrição muito provavelmente causaria estranhamento no Ocidente (América Anglo-Saxônica, Europa, ...).

Quanto ao Suriname, Guiana e Guiana Francesa, segundo a tese de Samuel Huntington, os dois primeiros países seriam culturalmente caribenhos, não latino-americanos. Embora a proximidade, e a economia torne estes dois conjuntos de países muito próximos, o Caribe anglófono (que além da Guiana e das Pequenas Antilhas inclui Jamaica e Belize) seria distinto por possuir uma população de ampla maioria descendente de africanos (e não miscigenada como os latino-americanos), por ter um histórico de colonização anglo-saxônica e ser parte da Comunidade Britânica, além de ter suas próprias instituições como a Comunidade Caribenha.

De fato, também não é incomum encontrar na imprensa ou mesmo em trabalhos acadêmicos, referências ao caribe como distinto da América-Latina. A própria CELAC, que se propõe a integrar ambas as regiões, as trata distintamente (Comunidade dos Estados Latino-Americanos E CARIBENHOS).

Quanto ao Suriname,

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