Piloto de planador
Apesar de ser o berço do Pai da Aviação, o Brasil não tem uma grande tradição aeronáutica, como têm países como EUA, Alemanha, França, República Tcheca e outros. Para aqueles povos a aviação tem um papel muito mais presente no dia a dia das pessoas e pilotar aeronaves é uma atividade bastante corriqueira e em alguns casos, quase como dirigir automóveis.
Para a maioria de nós a atividade aérea é revestida de misticismo sobre a segurança em pilotar aviões. Planadores também são como aviões, reconhecidos e homologados como tal e sofrem exigências de manutenção e de operação muito superiores aos ultraleves. Mas todo brasileiro que se preza tem medo de avião porque acha que avião cai. Então porque voar?
Ao mesmo tempo é comum a todas as pessoas o desejo de sentir a liberdade de voar, principalmente sem o incômodo ruído de um motor a hélice. Então, porque não voar?
Pois bem, voar não significa assumir riscos de maneira irresponsável, ao contrário, é uma atitude extremamente responsável, de quem sabe o que quer. Os aviões, como os planadores, são máquinas feitas exatamente para voar e vêm provando que podem fazer isso com muita segurança e proporcionando um enorme prazer.
A primeira coisa que alguém deve pensar ao decidir voar um planador é que estará voando uma aeronave perfeita para aquilo a que se destina e que a maior parcela da segurança do seu vôo virá exatamente da sua atitude em prol da segurança.
O futuro piloto de planador precisa ser consciente das suas obrigações para com a segurança e de que precisará de um treinamento muito dedicado a esse assunto, mas, sobretudo deve saber que o seu comportamento será decisivo ao longo de cada vôo. Dessa forma a parcela restante do quesito segurança estará a cargo das questões mecânicas. E como dissemos, a parte mecânica e estrutural de um planador ou de um avião, são sujeitas às mais rigorosas normas de engenharia aeronáutica, desde a sua construção e durante toda a vida útil de uma aeronave.