Grandes descobertas do mundo
EFB602 – INTRODUÇÃO À ENGENHARIA AULA 10 – O VOO DO MAIOR PLANADOR DO MUNDO
Pergunta: Se um Boeing 767 ficar sem combustível a 41.000 pés, o que você terá? Resposta: Um planador de cento e trinta e duas toneladas com um índice de planeio de 11:1! Esta é a incrível e real história do voo 143 da Air Canada que transformou o enorme Boeing no maior planador do mundo em um percurso de 83 km, devido a um erro de abastecimento. A aeronave, sem as duas turbinas principais funcionando e também sem a turbina de serviço (APU – Auxiliary Power Unit), passou a contar com pressão hidráulica fornecida por uma ventoinha que mal permite o comando do leme, profundor e ailerons. Na cabina de comando estão os pilotos Robert (Bob) Pearson e Maurice Quintal, voando o que passou a ser conhecido como o Planador de Gimli. O problema do voo 143 começou no solo, ainda em Montreal. Um programa de computador conhecido como FQIS (Fuel Quantity Information System, ou seja, um processador da quantidade de combustível), responsável pela avaliação da quantidade de combustível abastecida nos tanques da aeronave, apresentou um problema em um sensor que posteriormente descobriu-se estar mal soldado aos fios do chicote elétrico. Este problema, que levou cerca de um ano de investigação para ser totalmente esclarecido, mostrou que o sistema de abastecimento, nesse caso, era vulnerável. A falha daquele sensor deixou Pearson e Quintal com os medidores de combustível inoperantes. Para completar o infortúnio do voo 143 de Montreal para Edmonton, com escala em Ottawa, o pessoal da manutenção calculou a quantidade de combustível manualmente, em um processo semelhante à verificação da quantidade de óleo no carter do motor com o uso de uma vareta! Para esse cálculo, entre outras coisas, é necessário saber exatamente qual o peso específico do combustível. A equipe de terra nunca tinha sido treinada para fazer este tipo de cálculos. Antes da Air Canada e outras companhias