PESSIMISMO SENTIMENTAL/Marshall Sahlins e Clifford Geertz
Dentro do contexto discutido em sala de aula e aproveitando as contribuições teóricas dos antropólogos Marshall Sahlins e Clifford Geertz pretende-se através deste ensaio expor questões relacionadas a texto O “PESSIMISMO SENTIMENTAL” E A EXPERIÊNCIA ETNOGRÁFICA, os impasses e as possibilidades que esta coloca aos atores sociais, esta perspectiva conceitual com a de Marshall Sahlins, vamos procurar estabelecer uma relação que leve em conta os contextos intelectuais, históricos e sociais de maneira geral entre si, espero ser algo que venha enriquecer o nosso conhecimento.
"Em país de cegos, que, por sinal, são mais observadores que parecem, quem tem um olho não é rei, é um espectador." (Clifford Geertz)
Pode-se dizer então que não é necessário ser um "nativo" para conhecer um, ou melhor, a interpretação do modo de vida de uma sociedade não deve ficar limitada pelos horizontes mentais dessa mesma sociedade, este seria o ponto de partida para a reflexão que propomos nesta ocasião, isto é, muitas vezes o nativo está observando muito mais os acontecimentos ao seu redor tal qual imaginamos.
Para Sahlins a cultura é o objetivo principal da antropologia e diz respeito ao fenômeno da organização da experiência e da ação humana por meio de símbolos; na verdade para todos os antropólogos americanos o objetivo principal é a cultura, diferente dos ingleses e para os franceses, a cultura só passou a ser objeto principal mais tarde. Assim como Geertz está preocupado com a questão simbólica, pois preserva o simbolismo na cultura.
Refere-se ao conceito de cultura utilizado pela assim denominada antropologia moderna e ao estudo de ‘monadas culturais’ pela antropologia tradicional, isto é, a antropologia moderna seria um conjunto de abordagens metodológicas distintas entre si, todas as distinções são jogadas para segundo plano, pelo fato de abordar sociedades de forma isolada, desconectadas das sociedades