Um olhar antropológico - questões e resposta
“Em primeiro lugar, é imprescindível reconhecer que, mesmo socialmente produzido, o saber acadêmico é relativamente autônomo em relação aos contextos imediatos de produção, e pode, portanto, alcançar níveis desejáveis de comunicação. Em segundo lugar, a comparação, mais que o relativismo descontrolado, é a melhor garantia contra a homogeneização superficial, facilitando a comunicação intelectual responsável mediante fronteiras nacionais e culturais. (PEIRANO, Mariza. A teoria vivida: e outros ensaios de antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Ed 2006, p. 36.)
Estou como aluna especial da disciplina Teoria Antropológica do Mestrado em Ciências Sociais. O contato com esta disciplina possibilitou amadurecer meu interesse pela pesquisa de campo. Interessei-me pela abordagem do texto de Marcio Goldman em Tambores dos Mortos e Tambores dos Vivos em que estuda a política em Ilhéus. Através deste texto, percebi que poderia analisar o tema “estratégia” com uma abordagem também antropológica, pois antes, imaginava esta temática sendo estudada apenas pela ciência política.
Diferentemente da divisão dada pelos europeus do século XIX, que fizeram a antropologia estudando em suas colônias, cujos departamentos de antropologia, até hoje, são divididos em áreas geográficas. Adoto a divisão brasileira cujas especialidades são divididas em temáticas. Sendo assim, proponho a análise dada pela Antropologia Política:
O interesse da antropologia pela política existe desde os primórdios