pesquisa de campo na avaliação de desempnho
Os pesquisadores eruditos confiavam nas informações trazidas pelos Viajantes, não percebendo que estas já vinham carregadas de julgamentos De valor e imprecisões.
No século xx, através da pesquisa de campo, cuja origem remonta à sua intensa experiência de pesquisa na Austrália, inicialmente com o povo Mailu (1915) e posteriormente com os nativos das Ilhas Trobriand (1915-16, 1917-18), os Massim, denominados também povo Kiriwina. Um influente antropólogo defendia que as informações sobre os povos primitivos deviam ser obtidas junto das instituições ou pessoas que controlassem o comércio, a vigilância e a ordem; ou por exploradores, missionários e outros viajantes e não por antropólogos formados nessa ciência ou etnógrafos treinados nos primeiros estágios dos estudos modernos de mitologia e religião comparada. Foi a sua obra a que inspirou Malinowski pela metodologia comparativa, não por causa de trabalho de campo in situ. De fato, o primeiro a usar a metodologia de observação participante, foi Malinowski… quem se deparou com uma surpresa: tinha escrito o seu livro sobre a família aborígene, pensando-a como nuclear. Todavia, quando se deslocou à Austrália, por ser cidadão de países inimigos na primeira grande guerra, verificou que a família era um conglomerado de indivíduos separados ou reunidos pela organização clássica. A partir dessa altura, não descansou em comparar os efeitos econômicos e psicológicos diferentes que a também diferente organização de uniões matrimoniais, traziam. Muito escreveu sobre a inexistência do Complexo de Édipo e de rituais econômicos prévios à compra e venda de bens. Foi a sua grande descoberta e, a partir de então, não há antropólogo que não faça observação participante para reconstruir a história do povo ou para entender as formas psicológicas, emotivas e de pensamento de outros povos. Malinowski marcou e definiu o começo de uma nova era para a Antropologia Social.