Maquiavel e Rousseau
1) Discorra a respeito da lógica do poder em Maquiavel.
Poder é difícil de ser definido. A primeira impressão que temos vem dos sinônimos: dominação, força, superioridade, autoridade, soberania etc. Quando nos deparamos com a palavra “poder”, temos necessariamente que contextualizá-la, uma vez que existem diferentes faces do poder.
O poder em Maquiavel parte do princípio de quem detém o poder. Tanto é que, ainda que seus conselhos sejam feitos ao príncipe, também servem de instrumento para que o povo se defenda da tirania.
Maquiavel foi um filósofo de seu tempo. Diante do panorama político da época, isto na Itália renascentista, e da grande confusão que se instalava, onde a tirania imperava em pequenos principados, o poder gera situações de crise e de instabilidade permanente.
Deste modo, podemos dizer que da prática política nasce o pensador, tanto é que, no seu esforço em reconquistar os favores dos Médicis, Maquiavel dedica sua mais repercutida obra, “o príncipe”, a Lourenço Médici – realismo político. Sua obra tem conhecido tantas interpretações divergentes que entendo importante, uma interpretação atual, moderna, isto é, que possa adequar-se as situações atuais e auxiliar-nos em uma contribuição para a atual sociedade.
Maquiavel faz da prática uma teoria. Sua filosofia expõe a realidade interna do poder político. Na sociedade atual, a luta pelo poder ocupa cada espaço de convívio por mais simples que seja, dentro de uma pequena empresa, dentro de um bairro, de uma repartição pública, da própria família. O poder, ou a ambição pelo poder, é classificado em Maquiavel como uma ação que é julgada não nela mesma, mas pelo resultado que ela produz, ou seja, garante o poder ao agente da ação.
Deste modo, o príncipe mantém o poder a partir do momento que conhece seu povo, ou mesmo detém a capacidade de