PERICIA
Preste atenção nestas frases: "Ele pensa que eu vou fazer tudo o que ele quer", "Ela acha que eu não penso", "Esse não é meu trabalho" e "Odeio essa empresa". Comuns, não? Tão corriqueiras ao ponto de, ao ler este texto, fazer você realizar um exame de consciência sobre suas reações no local onde talvez passe mais tempo na vida, até mesmo mais do que em casa: o trabalho. Parou para pensar?
Não é algo do outro mundo. Tem dias que você está com problemas, estressado, aborrecido, cansado. Sobra para o chefe e os colegas de ofício escutar "pérolas" que em nada acrescentam à sua trajetória profissional. E acredite, mesmo sendo uma peça fundamental no seu trabalho, com vasto currículo e experiência, você não é inubstituível. Traduzindo, língua afiada pode ser a sua porta de saída.
O administrador de rede Winston Leibon, 42, trabalha diretamente com uma equipe de oito funcionários em uma empresa de seguros, há 13 anos. Humores distintos, gênios diferentes, formação profissional variada. Lidar com a carga elevada de emoções, tarefas a cumprir e metas a bater é complicado. Vez por outra, frases extremamente prejudiciais à harmonia do time vêm à tona.
Mas o que causa a instabilidade? "Quem se conhece há muito tempo, mesmo no trabalho, às vezes tem a impressão de que tem mais direito sobre o colega", opina Leibon. É preciso ter cuidado e evitar, ao menos no expediente, misturar vida particular e profissional. "Até a diferença no nível de conhecimento pode atrapalhar as relações e os comentários impensados tornam-se perigosos à carreira", pondera.
O problema, segundo especialistas do setor de recursos humanos, é que parte dos conceitos empresariais mudaram. Não são os mesmos, por exemplo, de 20 anos atrás. Além disso, o principal, você, funcionário, também mudou. Faz parte